domingo, 18 de agosto de 2013

Don't Break My Heart - Capítulo 27

/Raquel on

      Hoje eu acordei preguiçosa, não levantei da cama até dar 12:00.

Eu tenho sentido falta do Christian, mas não demonstro de jeito nenhum, pra ninguém. Estou tentando levar numa boa e está dando certo. Tenho me distraído bem esses dias, voltei a sair com William, Marcos e Daiana. Também tenho arranjado um tempo na minha "agenda" pra sair com Jasmine e Megan. Eu não tenho mais o visto, só nas aulas do colégio, pois nem pra sair pro intervalo ele faz. Christian fica trancado na sala de aula o dia todo. É assim que ele tem agido de uns tempos pra cá. Nem olha mais na cara de Justin. Não tenho mais o visto com Chaz e Ryan como faziam antigamente.

     Tudo mudou.

Ontem Justin me ligou pra ir na casa dele hoje de tarde. Eu sei que é perigoso - muito perigoso mesmo - mas eu aceitei. Na verdade, ele me chamou pra jogar vídeo-game em seu novo console. Eu aceitei, óbvio. Tô morrendo de ansiedade pra saber qual é. Meu vício em vídeo-games nunca esteve tão fora de controle!


Eu fiz minha higiene matinal e desci direto pro almoço. Era uma tarde de sábado, meu pai ligou o aquecedor, estava nevando levemente. Mas o frio na cidade estava intenso.

-Papai, eu vou na casa de um amigo.

-Que amigo?

     Meu pai estava almoçando comigo. Ele tem se esforçado bastante para me fazer companhia desde que Christian terminou comigo. Ele se acha meio que na obrigação pois sabia que ele significava muito pra mim. E que ia ficar um "buraco" na minha vida quando tudo acabasse. Lúcio é um bom pai.

-O Justin. - Falei baixo, comendo uma garfada de macarrão logo em seguida.

-Hm... Esta avisando, ou pedindo permissão?

-Pedindo carona na verdade... - sorri com a minha melhor cara de santa.

Ele gargalhou. Era raro isso acontecer.

-Tudo bem filha, eu te levo então.

-Ebaaa!  - Ele riu mais baixo desta vez.

Depois de almoçar, eu subi para o meu quarto e tomei um longo banho quente. Meus pensamentos começavam a se aflorar. Comecei a pensar na minha atração desastrada por Justin. Mas meus sentimentos por Christian não mudaram, apenas aumenta a minha decepção com ele cada dia mais.

Desde a última vez que eu e Justin ficamos, nada mais havia acontecido. Claro que já me peguei olhando pra ele na hora do intervalo, e eu já o flagrei me secando também. Na escola não nos falamos muito, não passa de um "oizinho" de longe. Ele fica no canto dele e eu no meu. Por mais que ele sinta algo por mim, ele não fica em cima de mim como um urubu, ele me respeita.

Sinceramente eu nunca o tinha visto como uma ameaça ao meu namoro com o Christian quando ainda namorávamos. Claro que Bieber é um garoto muito lindo, mas eu nunca tinha reparado nele como agora. Tudo em mim era perdidamente apaixonado pelo Christian e eu não tinha olhos pra mais ninguém. Agora nada mais me prende.


Saí do banheiro apenas de roupas intimas e com uma toalha no cabelo. Olhei pela janela e estava nevando um pouco mais forte agora.

A tela do meu celular estava brilhando. Acabei de receber uma mensagem. Era do Justin. Ele perguntou se eu iria mesmo. Eu respondi que claro que sim. Logo em seguida ele mandou outra: "Estou te esperando." Confesso que isso me deu um leve frio na barriga.

Eu coloquei uma roupa simples, um blazer branco pra afugentar o frio, um Vans preto e deixei o cabelo solto. Peguei meu celular e fui em direção ao escritório:

-Papai, já podemos ir!

Eram exatamente 15:00 da tarde. Ele estava terminando de mexer em alguns papéis. Tirou seus óculos e se levantou vindo na minha direção. Me deu um beijo na testa e disse sorridente:

-Vamos então, abelhinha.

Saímos pela porta e fomos em direção ao seu carro.

No caminho eu liguei o rádio e estava tocando "Chasing The Sun" do The Wanted. Primeiro eu pirei porque eu amo essa música. Logo em seguida eu comecei a cantar, e o melhor: Eu podia usar meu sotaque britânico o quanto quisesse porque os meninos são britânicos! Meu pai só ria da minha cara e eu pulava no banco do carro igual uma criança com retardo mental.

Depois de uns 20 minutos de carro, chegamos na mansão Bieber. Uma das maiores casas da cidade. Não importa quantas vezes eu venha aqui, sempre me surpreendo com o tamanho desse lugar. Meu pai me deixou lá, me deu um beijo no rosto e foi embora.

Mandei um SMS pra Justin dizendo que estava em sua porta e estava torcendo pra ele aparecer logo, eu estava morrendo de frio
. No mesmo momento ele surgiu numa das janelas, me viu e sorriu. Longo então sumiu. Demorou um pouco pois a casa era grande, mas ele apareceu na porta com aquele seu sorriso encantador.

Maldito.

Eu fui caminhando em direção à ele. Quando me aproximei, sua mão tocou minha cintura me puxando mais pra perto e senti um beijo em cada lado do meu rosto.

-Eu soube que no Brasil as pessoas se cumprimentam assim. - Ele falou sorrindo.

-Que gracinha! Então você está correto. - Nós rimos.

-Por que vocês se cumprimentam assim?

-Cara, ótima pergunta! Eu nunca pensei nisso. - Ele riu.

-Mas e aí, loirinho? Tudo bem com você? - Falei erguendo o olhar para o seu rosto.

-Tudo azul. - Eu ri.

-Partiu?

-Aham, mas antes minha mãe quer te ver.

Ele me levou até o segundo andar. O local estava lotado de estantes e livros, de longe dava pra perceber que era uma biblioteca. Que chique.

-Olá, dona Pattie!

Pattie estava lendo um livro sentada numa cadeira acolchoada azul. Logo que me viu, se levantou e veio ao meu encontro:

-Raquel! Que saudades de você! Fiz questão que Justin te trouxesse aqui para matar saudades. - Ela me abraçou forte.

-Pattie, você está linda. Amei seu cabelo!

Ela tinha feito uma franja reta, parecia ainda mais jovem do que antes. Seu cabelo estava igualzinho o da Clarisse Falcão. Esse penteado combina bastante com a Pattie.

-Justin diz que eu tô me achando garotinha demais pra ficar andando por aí de franja. - Justin riu baixo atrás de mim.

-Relaxa Pattie, ele não sabe de nada! - Nós rimos.

-Patrícia! - Alguém chamou Pattie lá em baixo, era voz de mulher. Eu reconheci na hora: Era Sandi.

Meus olhos se arregalaram e eu gelei. Ela é mãe do Christian, o que iria pensar se me visse na casa do Justin?

Eu queria enfiar minha cabeça num buraco, mas tive uma idéia melhor.

-Pattie, já vamos então. A senhora tem visita lá em baixo. Beijo. - Sai da sala rápido puxando o Justin.

-Pra que a pressa? - Perguntou enquanto eu o arrastava corredor a dentro.

-Sandi está aí, ela não pode me ver. Vamos logo, Justin!

Eu o soltei e subimos as escada até o terceiro
 andar.

-Bem-vinda ao Justin's World. De novo.

Falou quando chegamos ao quarto dele. Parecia ainda maior do que eu me lembrava. Ele foi direto sentar-se na cama. Eu fechei a porta e o acompanhei.

-Não precisava fechar... - Ele falou se referindo a porta.

-Ah, agora deixa.

Me sentei na cama ao seu lado.

-Mostra, mostra, mostra! - Falei sem aguentar mais esperar.

Justin sorriu e puxou uma caixa parda fechada debaixo de sua cama. Colocou no colo e começou a desembrulhar. Quando eu vi o que era, surtei!

-Ah meu Deus! É um PlayStation 4! Achei que ainda não estivesse à venda! Como você conseguiu, Justin?

-Meu pai conhece muita gente. - Nós rimos.

-Essa é a coisa mais linda de todas. Da pena até de tocar. - Ele riu.

-Bora experimentar?

-Só se for agora!

Justin ligou o console em sua humilde Televisão 3D de 50 polegadas.

Nós jogamos até o céu escurecer. E então minha costas ficaram doloridas e meus dedos também. Eu me joguei na cama de Justin e suspirei.

-Não aguento mais! - Ele riu. Largou o Joystick e se deitou no meu lado. Os dois olhavam pro teto. Logo em seguida, Justin se levantou e caminhou pelo quarto.

-Quer fazer alguma outra coisa? - Perguntou ajeitando o cabelo com as mãos em frente ao seu espelho. Aquilo era um tipo de vício na vida de Justin. Eu ri. Logo em seguida ele voltou a sentar-se ao meu lado.

-Nada em mente... - Eu abaixei o olhar e voltei. Acidentalmente, meus olhos pararam em seus olhos caramelados. Justin olhava pros meus lábios e pros meus olhos, aquilo estava me dando frios na barriga. - Por que ta me olhando assim? - Falei baixo e sorrindo envergonhada.

-You are beautiful. - Seus olhos se fixaram em meus lábios e sua mão tocou meu rosto. Mas antes de algo acontecer, eu me levantei.

-Justin, não. - Ele se levantou logo em seguida e chegou bem perto. Seus olhos suplicantes junto de seus lábios avermelhados, fizeram uma pergunta.

A pergunta.

-Mas por que não?

Ele tinha razão, por que estou presa a Christian se ele não quer mais nada comigo?

Sua mão tocou meu rosto e meus olhos se encontraram com os seus. E eu não o impedi, na verdade, no fundo, bem lá no fundo, eu vim aqui porque tinha certeza de que algo assim iria acontecer.

Quando seus lábios tocaram os meus, eu me deixei levar. Sua mão deslizou até a minha cintura me puxando firmemente contra si. O beijo começou suave, tenho que dizer que estava gostando daquilo. Suas duas mãos foram para o meu rosto e as minhas deslizaram pelas suas costas, assim ele puxou o meu lábio inferior com os dentes. Suas mãos desceram para a minha cintura novamente e as minhas deslizaram pelos seus braços.

Ele começou a caminhar comigo até a cama. Sentou-se contra a cabeceira sem desgrudar nossos lábios. Colocou-me em seu colo e o beijo começou a ficar mais quente. Eu estava meio que inclinada pra frente então decidi ficar mais perto de seu corpo. Minhas mãos foram para o seu cabelo e eu movi meu quadril em seu colo para chegar mais perto. Assim que fiz, Justin deixou um gemido baixinho e rouco escapar dos seus lábios. Logo suas mãos foram para os meus quadris me fazendo mexer contra ele. Eu já conseguia sentir seu pênis subir por debaixo da calça. Sua mão esquerda deixou o meu quadril e quando olhei pra baixo, ele estava massageando seu membro por cima da calça dando leves apertões. Parecia que estava meio que se acalmando ou talvez se preparando. Senti um frio na barriga quando cheguei nessa conclusão, eu não faço sexo há algum tempo. Mas tenho que dizer que vê-lo se tocando por cima da calça me deixou muito excitada.

Do nada, e ainda em seu colo, Justin me jogou pra frente, ficando por cima de mim. Minhas pernas se entrelaçaram em sua cintura. Seus beijos desceram para o meu pescoço e quando começaram a descer para o meu decote e puxei seu rosto de volta. Suas mãos entraram na minha blusa e foram deslizando pela lateral do meu corpo. Quando sua mão gelada tocou meu a lateral dos meus seios eu me arrepiei da cabeça aos pés. Ele percebeu e deu uma breve risada baixa. Ele estava percebendo o efeito que causara em mim. Quando senti que ele ia levantar a minha blusa, eu empurrei seu peito, soltando seus lábios, que deslizaram para o meu pescoço novamente.

-Justin... - Arfei.

-Hm? - Disse sem parar de beijar meu pescoço. Aquilo estava delicioso e minhas mãos faziam carinho em seus cabelos. Fechei os olhos me forçando a falar.

-Justin, olha pra mim.

Ele não atendeu meu pedido. Eu puxei seu rosto contra o meu e ele me roubou um selinho, logo em seguida olhando finalmente para o meu rosto.

-O que foi? - Perguntou confuso.

-Estamos indo rápido demais... 

Ele estava ofegante, sua respiração descompassada se cruzava com a minha. Seus olhos eram fixos nos meus e eu sem querer mordi meu lábio inferior ao ver a tenda formada em sua calça. Vai ser realmente um desperdício fazer o que eu estou prestes a fazer. Merda mil vezes.

-Eu fiz alguma coisa errada? - Seus olhos desceram para os meus lábios, e os fios de luz que entravam pela janela deixavam ainda mais evidente as pintinhas espalhadas que ele tinha pelo rosto.

-Não é que... Eu acho isso errado. Só isso. - Ele saiu de cima de mim e eu me levantei, ficando frente a frente com ele.

-Por que? Pelo o que eu soube vocês está solteira, certo? - Assenti. - Então o que há de errado? Se quiser continuar ainda da tempo. - Ele olhou pra baixo e eu já sabia que se tratava de seu pênis ainda ereto. Eu ri baixo.

-Mas eu ainda não estou totalmente pronta pra isso.

-Não vai me dizer que é virgem! - Falou arregalando os olhos.

-Ta maluco? Claro que não né. Se eu fosse virgem não estaria rebolando no seu colo há alguns segundos. - Ele sorriu de lado. - Só não acho certo fazer sexo com outra pessoa com tão pouco tempo que passou aquele "ocorrido". Ainda mais com o melhor amigo dele, ou ex melhor... Ah, você entendeu! - Ele riu.

-Entendi, brasileirinha. Ta tranquilo. Agora se não se importa, eu já volto.

Ele se levantou e foi em direção ao banheiro.

-Não esqueça de lavar bem as mãos quando terminar. - avisei antes dele entrar. Justin gargalhou e bateu a porta do banheiro.



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Justin quase conseguiu tadinho. E o pior é que ele gosta mesmo da Raquel. Bye bye. E se puderem compartilhar a Fanfic seria bem legal. Assim mais pessoas leriam e comentaria, sacaram? Beijo no popô ;)