quinta-feira, 31 de julho de 2014

Don't Break My Heart - Capítulo 38

/Raquel on



      Assim que pus meus pés na Europa, logo me bateu uma saudade da minha rústica Inglaterra... Por dois segundos esqueci de Christian. A viagem de carro foi longa, quase duas horas de puro tédio. Em Stratford não há aeroporto por ser uma cidade pequena, tivemos que ir para a cidade vizinha e lá embarcamos. Eu já havia estado na França antes, mas nunca em Paris. Quando passamos pela torre Eiffel, a aeromoça anunciou do alto-falante. Foi uma cena linda ver a torre de cima.

O fuso-horário estava me deixando confusa, saímos do Canadá cedo, apenas entardeceu, e agora está cedo novamente. Me sinto num universo paralelo, nunca me acostumei com fuso-horários. Acredite, eu quase enlouqueci no Japão.

Roberto foi a viagem de carro inteira dormindo com a cabeça deitada no meu colo. Percebi que Anelise sorriu automaticamente ao ver aquela cena pelo espelho retrovisor. Foi aí que eu percebi seu jovial piercing no tragus. E isso a deixou ainda mais nova do que já parecia aos meus olhos e aos olhos do resto do mundo.

O carro entrou num extenso condomínio. O dia estava nublado. Não faz muito sol na França, na verdade, estava bem frio. Percebi quando saímos do carro, cobri meus braços com as mãos me abraçando para conter o frio incessante, bati os dentes. Roberto, Anelise, e pelo visto o motorista também estavam acostumados pois não sentiram o tamanho desconforto que eu senti. Anelise abriu sua mala e retirou um imenso casaco de pele dali, entregando-me. Fomos caminhando pelas ruas do condomínio, algumas pessoas andavam por ali naquele momento. Todas não muito agasalhadas. Costume. Eu estava tremendo. Roberto passou a mão pelo meu ombro, colando seu corpo quente no meu. Ele era uns 10 centímetros mais alto que eu. Bastante pra um irmão gêmeo.

-Já estamos chegando, irmãzinha. Lá tem aquecedor, aposto que você colocará no máximo, certo?
Eu ri

-Me conhece bem! - Falei pausadamente por conta dos dentes que não paravam de bater.

Andamos por umas vinte casas, todas mansões com piscinas imensas, mas pré-congeladas. O Inverno estava anunciando sua chegada em Paris. E então finalmente chegamos ao nosso destino. Me deparei com uma enorme mansão mesclada em beje e branco. Uma mansão quase do tamanho da de Justin. E a "casa" de Justin era quase um castelo.

-Chegamos, meus amores! - Disse Anelise atravessando o imenso jardim.

O mais curioso do jardim era que as plantas estavam em estado de condensação. Estavam completamente geladas e endurecidas, estavam vivas e congeladas. Era uma visão realmente linda, aquelas plantas parecendo esculturas de cristal. Quando nevar então, ficará um colírio para os olhos.

Quando eu entrei na casa, encontrei uma sala de estar que mais parecia um salão. Havia um termostato e dois aquecedores, mas apenas um deles estava ligado. O pequeno sinal de calor me fez sentir um alivio. Amo frio, mas eu estava virando sorvete de Raquel lá fora.

Haviam também duas empregadas e uma babá. O lustre bem no topo da copa da sala foi o que mais me chamou atenção. Era um "objeto" que provavelmente era maior do que eu e mais brilhante que diamantes. Olhando bem, aquilo era de diamantes. Sinto cheiro de Ostentação.

Anelise atravessou o corredor, virou a primeira esquerda e subiu uma escadaria que mais parecia coisa de filme da Disney. Roberto se jogou num sofá branco que devia ter uns três metros de comprimento. Em sua frente uma televisão imensa. Ele bateu a mão no espaço ao seu lado.

-Fica a vontade! - Falou sorrindo.

Assim que eu cheguei perto do sofá para me sentar, ouvi duas vozes finas e femininas no andar de cima. Logo em seguida barulho de gente correndo e risadinha exalaram pela sala. Não demorou muito para que duas meninas de pele bem clarinha e olhos incrivelmente azuis surgissem no pé da escada. Correram e pularam em cima de Roberto.

-Rob! Tu m'as manqué! Pourquoi at-il fallu si longtemps? - Falou a mais alta.

-Content que tu sois de retour! - Disse a que parecia ter uns nove anos.

Eu tinha entendido pouca coisa, estavam o perguntando por que demorou tanto, falando algo de que sentiram falta dele e que estão felizes por ele estar de volta. O jeito que elas falavam era uma gracinha.

De repente as duas viraram o pescoço na minha direção. Cochicharam para Roberto:

-Qui est cette fille? - A mais velha perguntou quem eu era.

-Vous souvenez-vous quand Anelise dit que j'avais une sœur? - Roberto respondeu sorrindo pra mim. Ele falou tão rápido que não deu tempo de traduzir.

Elas fizeram uma cara bem engraçada quando ele disse tal frase. Acho que estava dizendo algo de que eu era a irmã dele.

A mais nova chegou perto de mim, a mais velha torceu o nariz. Parecia que estavam me analisando.

-Eh bien, Elle vous ressemble... - A mais velha disse que pareço com ele.


A mais nova tentou dialogar comigo, mas logo Roberto avisou que eu não falava muito de francês. E por fim, elas não falam português e pouco de inglês. Ou seja, não tem muito o que conversar.

A mais velha tinha um jeito estranho de me olhar, ela era um pouco mais nova que eu. Deveria ter uns 13 anos. A mais nova devia ter no máximo 10, tinha um rosto que parecia porcelana. Elas pareciam duas bonecas. No bom sentido.

As duas estavam vestidas em camisolas brancas de seda e a mais nova não largava um cachorrinho de pelúcia.

De repente, um homem , que quando eu olhei pensei: "Puta merda, cheguei no Paraíso" surgiu descendo as escadas junto com Anelise. Cacete! Quem diria que aquele homem poderia ser o famoso Fançois?! Eu imaginava um velho! Pra um homem de quase 40 anos... Cacete!

      Primeiro ele falou com Roberto, que apertaram as mãos e se abraçaram, depois seu olhar se voltou para mim, ele me analisou, perdi a respiração...

-Parlez-vous français? - Ele perguntou, ate o jeito que ele falava era sexy! Minha mãe hein! Que bom gosto.

Anelise estava pronta para falar quando eu a interrompi.

-Juste un peu, ici je vais passer une honte!

O expliquei que sabia um pouco e que iria passar vergonha , ele gargalhou.

-É um prazer conhecer a filha da minha esposa. Rachel, certo? - Ele disse em português que mais parecia o de Portugal.

-Na verdade, Raquel. - Falei envergonhada. Ele me deu um beijo em cada lado do rosto. - Mas as pessoas me chamam muito de Rachel, no Canadá essa confusão acontece o tempo inteiro! - Ele sorriu... Achei que fosse o sol mas era só o meu padrasto sorrindo.

-Filha, essas são: Fleur - apontou para a mais nova - e essa é Charlotte.

-Les filles, c'est ma fille Raquel. - Disse a minha mãe me apresentando para as meninas. A duas sorriram e eu retribui. Foi o máximo de contato que tivemos.

Eu amava ver o jeito fluente que minha mãe falava francês, era impressionante como ela dominava bem esse idioma. Assim como eu dominava o Inglês, ela dominava o Francês.

Até que acordei.

-MÃE! - Todos na sala se assustaram com o meu grito.

-O QUE?! - Ela gritou quase automaticamente.

-O CHRISTIAN!


(...)


/Christian on
     



      Eu estava uma pilha de nervos! Como em sã consciência a Raquel viaja e não me manda uma mensagem, ligação, sinal de fumaça, bilhete, qualquer coisa que me avisasse? Como vamos ficar separados durante as férias todas? Eu tinha um milhão de coisas em mente! Calma, Christian, calma, ela jamais faria de proposito, não é? NÃO É?!

Ai que paranoia.

-Caitlin! - Gritei do meu quarto. Ela chegou incrivelmente rápido.

-O que é?! - Disse abrindo minha porta com uma certa verocidade.

-Cadê o Marcos?!

-Sei lá, ele é meu namorado, não nasci colada com ele. Deve estar em casa, por quê? O que quer com ele?

-Ele tem alguma noticia da Raquel?!

Ela me pediu para esperar e tirou o celular do bolso, discagem rápida e logo em seguida me colocou na linha.

-Oi amor, o que houve? - Atendeu.

-Ai que nojo, não vem com essa de meu amor! Teve noticias da Raquel?

-Hãn? Pera... Christian? Por que está no celular da Caitlin?

-Responde logo, caralho!

-Sei la cara, noticia do que? O que houve, porra?!

-Ela viajou pra França e não deu noticia.

-Ah moleque, relaxa, daqui a pouco ela ta de volta, coisa do pai dela.

-Ih ta muito enganado, tem um lado feminino nesse parentesco.

-Calma, ai... A MÃE DELA?

-Isso aí

Ele soltou uma profunda gargalhada.

-Ih rapaz, Anelise apareceu? Fodeeeeeu! - Falou rindo.

Desliguei.

-E aí? Ele sabe de alguma coisa? - Caitlin perguntou pegando o celular.

-Claro que não, seu namorado é igual uma porta.

-Mais uma coisa que vocês tem em comum.

Respirei fundo. Ela estava estranhamente nervosa. TPM.

Eu cai na cama e suspirei.

-Isso só pode ser brincadeira. - Sussurrei pra mim mesmo.

-Olha só, tenho mais o que fazer. Se precisar de mais alguma coisa, não me chame.

-Ui.

Ela bateu a porta.

Eu estava pior que cego em tiroteio.


(...)


/Raquel on
     


      Minha mae me passou o celular mas ligar da Europa pra América do Norte, além de ser caro - isso não era um real problema pra eles - a ligação ficava um lixo! Eu estava entrando em colapso, como em sã consciência eu fui concordar com isso? Além do que: Falar esse tipo de coisa por mensagem não é realmente aconselhável.


-Vamos conhecer seu quarto? - Disse minha mãe quebrando o silêncio da minha mente barulhenta.

-Fazer o que, né? - Falei baixo e abri um sorriso amarelo.

Subimos aquelas escadas dignas de um castelo, logo me encontrei diante de uma bifurcação. Mamãe me indicou para a esquerda e assim fomos. Juro que passamos por uns 15 cômodos até subirmos mais um lance de escadas. Fiquei levemente ofegante, estou fora de forma.

Anelise passou por um quarto onde havia um porta azul cheio de colcheias, claves de sol e outros símbolos musicais, e paramos na frente de um quarto com porta preta decorado em caveirinhas fofas e guitarras. Porta dos sonhos.

-Conheça seu quarto.

Ela abriu a porta. Meu queixo caiu.

Maluco, o lugar dava três do meu quarto no Canadá!

Paredes mescladas em branco e preto, carpete magenta, uma televisão maior que minha janela, um closet estilo Hannah Montanah, cama king size... Ai, mas eu não quero outra vida!

Me joguei na cama. Me senti flutuar, calma ai!

Cama d´água?!

O QUEEEEEEEEE???

-Ai, eu não acredito! - Gritei. -Isso tudo é meu?! Que improvável!

-Claro que é seu, Raquel! Meus filhos merecem tudo do melhor. - Eu ri.

-Mãe! Obrigada! - Pulei do meu oceano particular e me enfiei no closet. Gente, aquilo era imenso, era outro quarto, um quarto só pra minhas roupas dormirem. Ai meu Deus! To me sentindo a garota mais feliz desse mundo!

-Caralho, essa gente nada em dinheiro! - Falei pra mim mesma. Eu ri. - Minhas roupas não vão cobrir nem um terço desse lugar!


(...)

domingo, 16 de março de 2014

Don't Break My Heart - Capítulo 37

/Raquel on     


      Eu fiquei de cara fechada a viagem toda. Só no avião eu dei uma relaxada lendo uma revista qualquer. Eu acho que ainda não me dei conta da gravidade da situação: Estou saindo do país, da América do Norte, estou indo para a Europa, outro continente e não avisei a ninguém. Como eu ainda não fiz um chilique?

Com certeza devem haver um milhão de mensagens da Daiana, perguntando por que eu não apareci. Foi por uma boa causa, tenho que admitir. Mas é que faz tempo que não saímos juntas e ela está começando a achar que estou a deixando de lado. Não quero que pense isso, afinal, ela é minha melhor amiga e nada vai mudar isso.

Eu adoro viajar de avião, mas eu estava me sentindo tão... mal! Christian vai ficar muito puto quando souber dessa viagem por outra pessoa! Uma hora ele estava comigo e agora eu saí do país com a louca da minha mãe na bagagem. Oi? É isso mesmo?


/Christian on


      Levantei cedo, hoje era dia de faxina. Eu detesto o dia da faxina. Toda a família Beadles tem que faxinar cada cantinho da casa.

Mamãe: Cozinha e Área de Serviço
Caitlin: Quarto e Banheiro
Papai: Terraço inteiro e Quarto do casal.
Eu: Sala e Quarto.

Depois a gente tira no pedra, papel e tesoura quem vai limpar a garagem. Coitado de quem perder, deve ter até gente morta ali.


Liguei o rádio do meu quarto no último volume, o chão chegava a tremer. Estava tocando "Get Lucky". Faxinar com música é muito melhor e o tempo passa mais rápido.

Como sempre meu quarto está - relativamente - arrumado, demorei 20 minutos pra terminar a faxina completa. Tempo recorde! Caitlin demora a vida pra arrumar o próprio quarto. Só o closet dela, é quase Nárnia!

-ABAIXA ISSO, CHRISTIAN! - Gritou meu pai de súbito.

-Já terminei mesmo... - Desliguei o rádio. O silêncio ressurgiu quase ensurdecedor. O som estava realmente alto.

Meu quarto estava limpíssimo. Com cheiro da homossexual Lavanda.

Homossexual porque... O quarto dos garotos da minha idade fedem a gambá morto... Nada de lavanda! Mas, pois bem... Esses caras não devem costumar transar em seus respectivos - e repugnantes - quartos... provavelmente. 

Hm... virgens.

Em duas horas terminei minhas tarefas. Tomei um banho rápido e logo já estava a caminho da casa dela. Acho que vou me mudar pra lá, já virou minha segunda casa.


As férias só haviam começado! Cait me convidou pra viajar com ela e Marcos para a Atlanta por uns dias. Claro, acompanhado de Rock. Porém, eu ainda estava pensando no assunto porque eu tinha em mente uma viagem para Vancouver com ela.

Em longos 15 minutos de caminhada, lá estava eu tocando a campainha. Ela bem que podia me dar uma cópia da chave, eu não saio mais daqui!

Não demorou muito e Lúcio abriu a porta. Eram pouco mais de cinco horas da tarde. O céu começava a falhar a luz do sol. Lúcio parecia levemente assustado em me ver, mas não falei nada.

-Olá, Christian.

-Boa tarde, senhor Belchior... A Raquel está?

Ele entortou a boca. Parecia com um pouco de receio de me responder.

-Puxa! Christian... Ela ainda não te contou?

-O que ela não me contou? - Comecei a ficar apreensivo.

Ele deu uma breve pausa.

-Anelise irá se casar esses dias. Raquel e Roberto foram com ela para presenciar a cerimônia.

-Pra onde? Quanto tempo a Rock vai ficar longe?

-Ele foram para... a Europa. França. Vão ficar por lá pelo resto das férias.

Eu fiquei paralisado.


-Senhor Belchior... hoje é algum dia comemorativo de pegadinhas no seu país? Por favor diga que sim e que está brincando.

-Sinto muito Christian, esse dia foi há alguns meses. Estou falando sério.

-Por que ela não me avisou? - Perguntei calmo, mas com mil pensamentos e com o sentimento de desespero começando a me tomar.

-Christian, ela tentou. Ela tentou mesmo. Foi uma viagem relâmpago. Ela teve menos de uma hora pra se arrumar, arrumar as coisas e tudo mais. Tenho certeza que ela mal pode esperar para entrar em contato com você.

-Hm... Ta certo, senhor Belchior. Já vou indo, vou tentar ligar, mandar mensagem... Algo assim. Bom dia para o senhor.

Abri um sorriso amarelo, virei as costas e sai andando, completamente perplexo.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Don't Break My Heart - Capítulo 36

/Raquel on

      

      Domingo. Junho. 2012.


      Eu estava stalkeando o perfil do Chris no Instagram, porque eu estava entediada e sentindo falta dele. Christian tinha ido pros Estados Unidos para visitar os avós junto com a família no fim de semana.

No mesmo momento ele me mandou uma mensagem no Snapchat com uma foto:

"I miss ya"






Eu respondi:

"Gostoso, volta logo!!"

"Relaxa que esse noite eu te faço uma visita assim que eu chegar no Canadá"

"Hmmmm"

"Bahahaha sua pervertida"


(...)


/Christian on
     



      Esse fim de semana em Atlanta foi... digamos... meio sem graça. Não que eu não goste de ver meus avós, eu os amo, mas eu estou acostumado com mais "entretenimento" nos fins de semana. Ao contrário de mim, Caitlin e mamãe estavam adorando. Maior parte do tempo fiquei jogando bilhar e poker com o meu pai. Além do mais, Marcos veio junto com Caitlin pois ele tem uma casa em Atlanta. Eu poderia ter trazido a Raquel e ela poderia ficar na casa do Marcos, já que meus pais não deixariam ela dormir comigo na casa dos velhos. Só não a trouxe porque ela precisa passar mais tempo com seu irmão.

 
Nesse momento eu estou no avião de volta pra Stratford. Mal posso esperar pra colocar os pés no Canadá. Mal posso esperar pra colocar as mãos na Raquel. É muito ruim ficar um fim de semana inteiro longe dela, mal consigo um dia.


Horas e horas no avião, mais pareciam uma eternidade. Eu mal posso esperar pra chegar, não gosto muito de viagens internacionais, por mais que os países sejam colados um no outro. Mesmo assim.

Ao - finalmente - chegarmos em casa, eu apenas deixei minha mala em cima da cama e nem me preocupei em desfazê-la, mal avisei meus pais e já saí de casa... Rumo a casa da Raquel.

Eu tava com tesão, carência, saudades... Tenho até pena da Raquel quando eu bater os olhos nela.

Fui praticamente correndo até a casa dela, estou a muito tempo sem tê-la.

Quando eu avistei a típica caixa de correio toda rabiscada dela, minha respiração até mudou. Eu toquei a campainha e não demorou muito pra abrirem a porta. Ela estava com um shorts bem curtinho e coladinho azul, camiseta preta com caveirinhas e com o cabelo úmido. Provavelmente tinha acabado de tomar banho. Minhas pupilas dilataram.

-Christian! - Falou sorrindo quase num grito.

-Oi meu amor... - Falei já puxando pela cintura e a colando em mim. Suas mãos foram para o meu peito.

-Mas você disse que viria à noite. - Ela falou baixo. Que saudades daquele sotaque carregado.

-Mas Raquel... São quase seis horas... da noite!

-Não acha que ta meio cedo? - ela sorriu e eu soltei uma gargalhada.

-Amor, a gente já fez nheconheco no colégio, isso umas nove horas da manhã! Lembra disso? - Ao recordar, Rock riu baixinho encostando o rosto no meu peito.

-Pior que você tem razão. Mas... - eu a interrompi.

-Mas nada, Rock, eu quero te sentir amor, eu definitivamente estou na mão faz mais de uma semana! -Comecei a beijar seu rosto. Ela riu. - Para de fazer doce, amor. - Sussurrei.

-Mas eu ia sair com a Daiana... Eu tenho que ir...

-Não tem não... - Tomei seus lábios num beijo colando nossos corpos. A puxei pro meu colo e comecei a subir as escadas enquanto ela tirava a própria blusa e me beijava.

Do nada ela parou de me beijar e se afastou um pouco.

-Christian, eu esqueci de cortar as unhas. - Quando ela me disse isso, eu parei tudo com ela na escada ainda no meu colo e a fitei.

Eu puxei o ar mas não falei nada, em vez disso olhei pro lado e suspirei. Ela deu uma risadinha fofa, que foi aumentando até virar uma gargalhada. Eu acabei rindo junto.

-Christian!

-Fala, mulher.

-Vai ficar de cu doce mesmo?

-Pera, to aqui pensando se vale a pena... - Ela arregalou os olhos e começou a se debater nos meus braços.

Eu comecei a rir da reação dela.

-CHRISTIAN, SEU FILHO DA PUTA! ME LARGA!

Aí sim eu continuei subindo as escadas enquanto ela se debatia.

Quando eu cheguei no segundo andar, ela parou, me olhou com bico e cruzou os braços.

-Rock, você sabe que eu te amo, você sabe que eu te quero a qualquer momento em qualquer lugar, até se você fizer cosplay do Wolverine. Então só relaxa, sua boba. Eu estava apenas brincando e você sabe disso. - Lhe dei um selinho, e outro e outro e vários outros. Mas ela só foi ceder quando a beijei de verdade.

Suas mãos estavam bagunçando meu cabelo quando cheguei ao seu quarto, a colocando na cama e sem delongas subindo em cima dela.

-Christian... - Dei "espaço" pra ela falar descendo os beijos para o seu pescoço.

-Hm?

-Meu irmão está em casa e meu pai já está para chegar, amor... - Enquanto ela falava isso eu já tinha tirado minha blusa e meu cinto.

-E daí? - Eu fiquei de joelhos na cama e comecei a desabotoar o shorts dela observando suas reações. Ela mordeu os lábios.

-Você venceu, como sempre! - Ela me puxou e me tomou num beijo, logo senti suas mãos abrindo meu zíper.

Eu já estava posicionado entre suas pernas quando puxei seu sutiã o retirando de seu corpo. Como eu sentia falta de chupar esse peitos, nem perdi tempo. Logo em seguida a beijei, retirei minha calça por completo e ela retirou a própria calcinha.

Já estávamos completamente nus, meus lábios estavam em seus lábios quando senti sua mão procurando meu pênis. Puxei-a e guiei até o lugar certo.

Arfei de leve quando senti seu toque gelado. Ela era tão delicada quando me tocava ou chupava que chegava até a ter uma certa inocência em seus atos. E isso me instiga pra caralho!

Ela aumentou a intensidade dos movimentos, eu fechei os olhos e relaxei o corpo deixando ela fazer o trabalho, minha cabeça estava repousada na curva de seu pescoço e sua respiração estava pesada. Já a minha respiração... na verdade eu nem sei como estava respirando com aquela mulher me masturbando.

Quando eu já estava sentindo que ia gozar, retirei sua mão. Ela cruzou as pernas em volta da minha cintura... Hm... Safada. Ela sabe que assim eu consigo penetrar mais fundo sem machuca-la.

Espertinha.

Segurei em sua coxa esquerda e me posicionei, ela sorriu e fechou os olhos. Suas mãos estavam apoiadas em meus ombros. E então comecei a estoca-la, comecei com penetrações lentas e fui aprofundando aos poucos. Ela gemia de leve, baixinho, de olhos fechados.

Quando eu acelerava mais as estocadas e ela ameaçava gemer alto, eu tapava sua boca - por conta de Lúcio e Roberto - sem parar de penetrar, ela só faltava subir pelas paredes por que eu não deixava ela se "expressar" - foi assim que ela reclamou.

Fizemos amor até o céu escurecer completamente. Depois ficamos deitados de conchinha, apenas desfrutando da companhia um do outro.



/Raquel on  


       Alguns dias se passaram, e agora já eram férias... FÉRIAS! Tenho o mês de Julho inteirinho pra farrear, dormir e acordar tarde, namorar... ! Ai nem acredito! Eu merecia, me matei de estudar pras provas do meio do ano pra não ficar de recuperação, agora foda-se, tô nem aí, tô de férias!

     

Eu estava no quinto dia de férias, tinha aproveitado pouco ainda. Eram umas onze horas da manhã e eu estava dormindo e sonhando com Jensen Ackles. Mas na melhor parte do sonho algum infeliz tinha que vir me acordar... Eu mereço!

-Raquel? Raquel... ! - Uma voz masculina estava me chamando. Agora ficava difícil saber quem é quem porque estou morando com dois homens ao invés de um só.

-Pronto, to acordada! - Falei irritada, eu sempre fico irritada quando sou forçada a acordar.

Quando ergui meu olhar, era Roberto, já de banho tomado com seu habitual chapéu preto usando uma blusa do System Of A Down e calças largas.

-O que ta acontecendo? - Levantei ajeitando meu cabelo, que não estava num dos seus piores dias, realmente.

-A mamãe disse que voltaria para nos buscar... Ela está lá em baixo.

-Pera... Relaxa ai, Roberto... Mamãe? Buscar? What - The - Fuck?! - Eu desci as escadas feio um furação, nem liguei de estar de pijama ou com aquele habitual aspecto de recém-acordada. Afinal, era minha mãe, diga-se de passagem.

-O que você está fazendo aqui outra vez? - Perguntei passando a mão nos olhos que estavam levemente embaçados.

-Olha o tom, mocinha. - Disse meu pai, me repreendendo.

-Mas que tom?! - Disse relutante. - Aí, deixa pra lá! Fala, Anelise... - pigarreei - Mãe.

-Filha, o casamento! Eu vou me casar oficialmente! Vél e grinalda...

-Eu sei o que é um casamento... Mas o que eu tenho haver com isso? Quem vai se casar é você. E pela milésima vez só esse ano eu estou sendo a última a saber! - Eu só queria voltar a dormir. Anelise fingia que eu estava sendo super comportada porque parecia que sua paciência era infinita com o meu mau humor.

-Eu quero que você vá, oras! - Disse entusiasmada.

-Hm... Aonde vai ser?

-França, claro! Que lugar é melhor do que Paris para realizar um casamento?!

-Quanto tempo vai demorar? - Falei sem entusiasmo nenhum.

-Vocês irão passar as férias comigo! Na França! - Engoli em seco.

-As férias todas?!

-Só se vocês quiser, filha. - Falou abaixando o olhar, ela começou a ficar vermelha. Aquele era um dos sinas de quando Anelise queria chorar.

Eu suspirei.

-Claro que eu quero, mãe. - Falei cedendo.

-Ah que bom! Seu vestido está quase pronto! Ele é azul celeste... Fleur, minha enteada mais nova, que escolheu. Disse que são da cor dos meus olhos. Não é uma gracinha?

-Indiscutivelmente! - Falei num tom irônico. Meu pai pigarreou e eu me recompus.

-Viajaremos em poucas horas...

-Pera... HORAS?! Mas, mãe! E o Christian? E a Dai, o Marcos e o Will? A Jas, a Megan? Chaz, Justin e Ryan! ABIGAIL! Eu tenho pessoas pra me despedir! Tenho malas pra fazer! Banho, café da manha... Ai, eu vou enlouquecer!

-Então é melhor se apressar. - Disse meu pai, ríspido. Já estava perdendo a paciência comigo.

-Mas papai!

-Anda logo, Rock! Não seja mimada, vá logo.

-Mimada?!

-VAI, RAQUEL!

-Ui, to indo, calma.

Subi as escadas correndo, ao passar pelo quarto do Roberto vi que ele estava deitado na cama, pensando enquanto olhava pro teto branco e sem graça. O quarto dele ficava sempre tão arrumadinho, o meu eu mal arrumava a cama...

-A mamãe quer te ver. - Falei encostando na porta dele.

-Ah, claro! Tô indo. - Ele se levantou num pulo. Desceu rápido. Ele é realmente um ótimo garoto.

Fui pro meu quarto, pulei pra puxar minha mala no topo do meu guarda-roupa e tudo caiu na minha cabeça, ótimo. Saí socando as roupas dentro da mala com pressa, eu queria tempo pra me despedir pelo menos do Chris!

Tomei um banho rápido e logo estava pronta. Mas não rápido o suficiente.

Quando eu cheguei lá em baixo, o táxi já tinha chegado e as malas de Roberto já estavam lá.

Tarde demais!


Tarde demais...
     


Fiquei me repetindo essa mesma frase na viajem de carro inteirinha. E se fossem me procurar e eu não estivesse? Meu celular estava sem bateria, aparentemente Roberto não tinha um e eu não ia pedir o da Anelise
, porque não. Aff! EU MEREÇO!


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                      HEEEEEEEEEY !!

Pois é, eu parei de pedir comentário porque eu to demorando pra postar e bá.

Mas galerinha, eu só to demorando pq meu note ta dando uns bug aqui pq eu tentei baixar uns bag e eu sou ruim nisso.

Bom... a Fanfic deve ter uns 40 e poucos capítulos, eu ainda não calculei. E além do mais são quase três horas da manhã e eu quero dormir porra.

Enfim... aproveitem os capítulos finais de DBMH e boa noite pra mim.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Don't Break My Heart - Capítulo 35


/Roberto on


       Nossa conversa já estava natural e parecia que já nos conhecíamos há anos. Com a Raquel o assunto flui fácil e gosto muito disso, facilita tudo.

-Você vai permanecer no Canadá? - Raquel me perguntou. - Quero dizer... você tem onde ficar né?

-Sim e sim. - Ela riu.

-E aonde você vai ficar? É longe daqui?

-Hm... Na verdade... Eu vou ficar aqui mesmo... - Ela abriu um sorriso largo.



-Sério?! - perguntou entusiasmada.

-Sim!

-Vai morar comigo?! - Ela pulou do sofá.

-Sim... Temporariamente...

-Quanto tempo?

-Até as férias de julho... Eu acho.

-Estamos em maio... Temos tempo!

-Tempo pra quê? - Perguntei curioso

-Pra eu te mostrar o lado bom do Canadá, ora!

-Lado bom do Canadá?

-Diversão, Roberto!

-Aaah ta... Maravilha! - Ela gargalhou.



(...)



/Raquel on

       Fomos para o meu quarto e conversamos até tarde da noite, Anelise voltaria para a França no dia seguinte e eu fiz questão de que ela dormisse no meu quarto. Bom... eu dormi no sofá. Se bem que o sofá era até confortável. Não foi um sacrifício muito grande.

Pra variar, quando eu acordei ela já tinha ido embora sem nem se despedir de mim. Ainda estava escuro, deviam ser mais ou menos umas 05:30 da manhã.

Olhei para os lados e avistei em cima da mesinha de cabeceira um bilhete com o meu nome. Estranhei, óbvio. Deveria ser alguma desculpinha da Anelise. A enteada deve ter ficado doente ou algo do tipo e ela teve que ir embora cedo.

"Filha, eu sinto muito mesmo não ter me despedido de você, sei que foi errado da minha parte. Mas, assim como você, eu odeio despedidas. Eu vou ficar na França por um tempo pois minha vida é aqui. Em um mês eu  volto pra buscar-lhes.                           

Com todo o amor e carinho,

Mamãe
Nem terminei de ler, envolvi a carta no meu punho e a amassei por completo. Nesse momento, Roberto desceu as escadas vestindo uma samba-canção azul e correndo a mão pelo próprio peito, eu me enrolei nas cobertas e fingi que estava dormindo. Ele caminhou até a cozinha, abriu a geladeira e ficou parado. Ele não fez nada. Absolutamente nada. Parecia um zumbi. Depois fechou a porta e subiu as escadas devagar. Eu fiquei pensando naquela cena bastante tempo... Até que o papel caiu da minha mão e quando eu o peguei, vi que tinha algo no verso:


"PS: Às vezes o Roberto tem crises de sonambulismo! Não o acorde. Beijos "


(...)



O caminho todo de volta ao meu quarto, eu fiquei me perguntando se eu teria tendência a ter sonambulismo, ou se eu tenho e não sei... Ele é meu irmão gêmeo e numa dessas aulas de biologia, eu aprendi que tenho 40% de chance de possuir qualquer doença crônica ou hereditária que o gêmeo adquirir.




Tum... tum... tum...


Batidas fortes e repetitivas. Nem terminei de subir as escadas até o meu quarto e as ouvi. Estavam vindo do corredor lá em cima

Subi mais alguns degraus e pude ver o que estava acontecendo.

Roberto estava batendo a cabeça na parede sem sair do lugar e com os olhos fechados. Antes que eu pudesse fazer alguma coisa, meu pai saiu de seu quarto e caminhou em direção a ele. Ficou por trás de Roberto e quando ele tomou impulso para trás para logo em seguida bater a cabeça outra vez, meu pai colocou a mão na frente da testa dele amortecendo o impacto.

Aos poucos Roberto ia parando os movimentos e quando terminou definitivamente, meu pai o fez caminhar - ainda dormindo - até seu quarto e o colocou na cama. Fechou a porta e voltou para o seu quarto.

O que mais me deixava surpresa era que meu pai sabia exatamente como agir.


(...)


Os dias foram passando e as aulas também. O ano letivo na França é diferente do Canadá, além disso, Roberto já estava com todas as suas notas em dia. Ótimas notas. Já eu, passei rasante pela recuperação, por pouco fico. Se bem que o ano ainda está na metade.

Já estávamos em junho. Era uma madrugada de sábado e Christian tinha ido visitar os avós em Atlanta junto com a família neste fim de semana.

Eu estava deitada na minha cama sintonizando os canais. Meu pai já estava dormindo e Roberto estava no quarto dele. Ele nunca mais teve crise de sonambulismo desde aquela noite.

     
Eu estava escovando o meu cabelo quando alguém bateu na porta.

-Pode entrar.

Sai do banheiro e dei de cara com Roberto todo arrumado.

-Oi... - Ele sorriu tímido, colocando a mão nos bolsos. Ainda não tínhamos nos acostumado com a presença do outro completamente.

-O que aconteceu? Ta tudo bem? - Deixei a escova na pia e voltei.

-Só não... Não consigo dormir. Estou tendo pesadelos.

-Tem alguma coisa que eu possa fazer?

-Quer passear comigo? - Eu fiquei calada por um momento, sem saber o que responder - Eu sei que está tarde, mas é que quando eu tinha insônia, digo, na França, eu costumava passear até confortar a mente. E quando eu fazia isso, era com algum amigo. Sendo que você é o que eu tenho mais próximo aqui, então...

-Eu não sei... São 01:30 da manhã... Papai vai sentir nossa falta e vai acabar mal. - Ele sorriu de lado.

-Ah Raquel...

-Eu não acho que seja uma boa ideia...

-Vamos... !



Suspirei.

-Você ganhou!

Ele sorriu.


Eu apenas troquei meu shorts e saímos pela porta dos fundos.

      A rua estava vazia, só o que se escutava era o cricrilar dos grilos e o som de folhas secas do outono caindo. Estava realmente agradável aquele momento. Tirando o fato de que o frio começava a me tomar a cada passo que dávamos para longe da casa.

-Pra onde vamos? - Perguntei cruzando os braços, tentando me proteger do frio.

-Tem alguma praça por aqui? 

-Aham. É perto daqui, só leva uns minutos até chegarmos lá.

Fomos conversando até chegarmos à Praça Central de Stratford. O lugar estava até irreconhecível de tão vazio. Caminhamos um pouco e por fim nos deitamos no gramado, olhando para o céu estrelado, um do lado do outro.

Ficamos em silêncio no começo, mas não demorou muito pra conversa fluir como sempre acontece entre nós dois. Falamos sobre o tempo, sobre a família e até sobre nossas cores e bandas favoritas. Cada vez nos conhecíamos mais e víamos que tínhamos muita coisa em comum.

-Você... sabia que é sonâmbulo? - Falei na cara dura. Ele sorriu de lado.

-Sim... Eu já tive alguma crise aqui? - Falou preocupado.

-Na verdade sim...

-Ah ta! Por isso acordei com dor de cabeça! Isso explica tudo! - Eu ri. - Nenhum médico sabe ao certo por que eu tenho essas reações, deduzem que é por causa de emoções fortes. Fazia tempo que eu não tinha crise... Uns dois anos. Quando eu tinha 14 anos, minhas crises não passavam de ir até o quarto da minha mãe e dormir no chão na frente da cama dela. Ela sempre deixava um colchonete ali. - Eu ri. - Só umas vezes que eu errava o caminho e ia parar no quarto das minhas meia-irmãs, minha reação era puxar o cabelo de alguma delas.

Eu gargalhava com a forma que ele me contava.

Caminhamos mais um pouco pela praça e sentamos nos balanços.

-E sua namorada? Digo, você tem namorada?

-Eu não namoro... Não gosto de namorar, da muito trabalho! - Eu ri.

-Saquei... Se liga mais não se envolve né?



-Alguma coisa parecida com isso... - Ele respondeu e eu ri.

-E você? Tem namorado?

Assenti com a cabeça.

-Ele está nos EUA, vai voltar semana que vem.

-Ele sabe de mim?

-Sabe! - Roberto riu baixinho.


Passamos horas e horas ali, quando fomos perceber, o sol já estava nascendo e o papai logo iria acordar. Corremos pra casa. Entramos de fininho e vimos papai na cozinha fazendo café da manhã, corremos para os nossos quartos tentando não ser vistos.



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Genteeeee, voltei pra vcs!  Não falta mto pra fic acabar ... Mas eu tenho várias outras em mente e tals... Vcs n vão se livrar de mim tão cedo.