sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Don't Break My Heart - Capítulo 30

/Raquel on


- Alô?

-Alô? Raquel? É a Jasmine!

-Oi Jazz! Tudo bem?

-Tranquilo. Bom, vamos sair hoje? - Perguntou entusiasmada.

- Pra onde e quem vai? - Nós rimos.

-Uma balada no centro da cidade. A mais famosa. Eu, você e Megan.

-Ah, então vamos. Não sabia que conhecia Megan!

-Somos amigas de infância. Baladeiras desde o 15! - Nós rimos.

-Ok, nos encontramos na praça às 22:00?

-Certo. Tchau, amiga.

-Até mais tarde! - Desligamos.

São 18:00, dá tempo de tirar um cochilo pra mais tarde.


(...)


-Vamos?

      Eram 22:15, já estou na praça com JasmineMegan acabou de chegar. Eu coloquei uma roupa comum. Espero esquece-lo outra vez. Não sofrer por mais um noite. Quero viver a minha vida.

      Fomos de carro na Lamborghini violeta da Megan. Todo mundo é rico aqui ou é impressão minha?

A balada não ficava tão longe, 15 minutos de carro mais ou menos.
Quando chegamos lá, o lugar estava lotado de gente. Tinha uma fila enorme pra entrar. Nós passamos na frente pois Jasmine já havia conseguido ingressos. Ao entrarmos, escolhemos uma mesa vazia que ficava perto do bar, assim ficaria mais fácil a "locomoção". Tinha um monte de gente dançando e bebendo. Um monte de garotos lindos.

A gente mal chegou e Megan já foi dançar. Começou a tocar Wrecking Ball da Miley Cyrus só que remixado. Até eu sai pra dançar. Comecei a me mover de acordo com a música, Megan mal chegou e já estava dançando com um cara, eu preferi ficar na minha dançando no meio da galera, dançando como se não tivesse mais ninguém ali.



Eu dancei umas cinco músicas seguidas naquela pista, me deixei levar por todas elas. Sempre amei dançar mesmo. Megan já estava no canto "conversando" com o cara. Quando mudaram as músicas para apenas eletrônico, eu decidi voltar pra mesa pra beber alguma coisa.


/Christian On


      Chaz me convidou para ir na balada com ele, eu relutei, não estava no clima. Tentei ligar várias vezes para a Raquel mas não consegui. Quando eu fui na casa dela, ela tinha saído com as amigas. Parecia até que o destino não queria a nossa volta.

Depois de Chaz e Ryan me implorarem muito, eu resolvi ir...



-Jasmine! - Chaz a chamou. Ela se levantou e os dois se abraçaram. - Ta sozinha?

-Não! A Megan tá bem ali. - Apontou pra pista de dança, onde Megan estava dançando com alguém.

-Vamos ficar todo mundo junto, na mesma mesa, não é melhor?

-Por mim tudo bem. - Todos responderam mas não em coro.

Começamos a conversar, uns mais que os outros - Chaz e Jasmine - Ryan foi pegar drinks no bar.

-Uma boa filha à casa torna. - Jasmine falou olhando para a pista de dança. Meus olhos se arregalaram e eu gelei por dentro. Meu coração começou a bater mais rápido e minhas pupilas dilataram. Ela estava linda.

Ela é linda.

-Dançou muito? - Perguntou Jasmine sorrindo. Eu não parava de olha-la, mas ela ainda não havia notado a minha presença.

-Bastante! Isso aqui é muito bom.

-Oi Raquel! - Falou Ryan.

-Ryan? Oi! Cara, quanto tempo! - Eles se abraçaram, me senti ferver. - Chaz? Você por aqui também? - Ela bagunçou o cabelo dele. Até que finalmente me viu.

-Oi Raquel. - Falei estático.

-Ah, oi Chris... tian. - Ela me olhou sem graça . O clima tinha ficado pesado. Jasmine quebrou o gelo:

-Chaz! Adoro essa música, vem dançar comigo? - Ela o puxou antes dele responder. - Vem também Ryan!

-Ah tá, tô indo. - Ryan se levantou na hora e foi atrás dos dois. Eles queriam nos deixar à sós.

Estávamos só eu e ela. Eu a olhava descaradamente, ela fingia que eu nem estava ali enquanto bebia um Martini. Eu não sabia o que fazer. Foi a primeira vez que eu não soube como agir com uma garota.

-Raquel... - A chamei. Seus olhos se desviaram para mim, mas ela não disse nada. Sua expressão era séria. - Me perdoa... - Era tudo o que eu conseguia falar. Suas sobrancelhas franziram.

-O que? - Perguntou cruzando os braços sobre a mesa.

-Me perdoa, amor. - Eu cheguei mais perto, ela nem se movia. - Eu fui um idiota. Eu nunca quis te fazer sofrer, Justin me contou toda a verdade, eu fui um filho da puta por não ter acreditado na palavra da mulher da minha vida... Volta pra mim amor, por favor, você é tudo pra mim. Eu nunca te esqueci, eu te amo Raquel. Eu jamais deveria ter desconfiado de você, amor. - Uma lágrima caiu de seus olhos. Automaticamente meu dedos limparam seu rosto. - Nós dois estamos mal com isso, Raquel. Eu te A-M-O. Mais que tudo.

-Você me magoou muito. Como pôde não acreditar em mim, Christian? Como você quer voltar a um relacionamento sem confiança? Me diz.

-Eu confio em você! Agora mais do que nunca. Eu estava cego demais, mas... Raquel eu tô falando sério. Volta pra mim amor, por favor. Volta pra mim... - Minhas mãos estavam em seu rosto, acariciando-o. Por mais que ela não goste que eu fale, ela é o meu anjo. Nossos rostos estavam bem perto um do outro. E o que eu menos esperava aconteceu.

Raquel me puxou para um beijo. Seus lábios nos meus outra vez, aquilo parecia um sonho. Meu coração batia como um tambor descompassado. Sem partir o beijo, a puxei pra mais perto. Eu colei nossos corpos, eu não queria largá-la de jeito nenhum, nunca mais. Minhas mãos estavam em sua cintura, apertando-a. Eu a puxava cada vez mais pra perto, ela me beijava na mesma intensidade. Que saudades desse beijo!

-Eu te amo. - Falei ofegante, olhando em seus olhos.

-Eu te amo! - Falou voltando a me beijar ferozmente.

De repente começou a tocar "Supremassive Black Whole" do Muse. (clique na música)

Eu fui até o meio da pista de dança. Nós dois dançávamos e nos beijávamos ao mesmo tempo. Não conseguíamos parar de nos beijar e nos tocar, só as vezes a gente parava pra rir pois escutávamos os gritinhos de felicidade da Jasmine e da Megan.

Eu a encostei na parede a pressionando. Raquel me beijava loucamente. Rocei em sua intimidade ainda coberta, ela gemeu baixinho. Música para os meus ouvidos. Meus beijos desceram para o seu pescoço, ela acariciava meus cabelos e arfava de olhos fechados. Uma das minhas mãos subiram por dentro da blusa dela, quando eu estava quase chegando "lá" ela me fez parar.

-Chris, aqui não! - Me repreendeu.

-Vamos pro meu carro! - Sugeri desesperado.

-Desde quando você tem carro?

-Anda logo, Raquel! - A puxei pela mão até o estacionamento, fomos praticamente correndo. Eu estava louco pra transar com ela.

Localizei meu carro e a encostei nele. Ela me abraçava e me beijava, eu a pressionava fortemente contra a lataria . Ela gemia baixinho o meu nome e isso me deixava em êxtase. Eu puxei minha chave do bolso e me virei pra abrir a porta, ela me abraçou por trás e começou a beijar o meu pescoço e a formar chupões, aquilo chegava a me dar vertigem. Eu suspirava baixinho. Não conseguia acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo.

-Chris... anda logo. - Ela sussurrou do meu ouvido.

Eu estava prestes a quebrar a janela do carro e entrar de qualquer jeito. Até que eu finalmente consegui abrir. Ouvia os sinos e o coro angelical cantando "aleluia" na minha cabeça. Eu a joguei no banco de trás do carro ficando por cima dela. Ela riu. A coisa mais perfeita do mundo. Eu comecei a beijá-la. Suas mãos desceram e tiraram minha blusa vagarosamente, ela começou a observar o meu corpo com um certo brilho no olhar, como se fosse a primeira vez que nos tocamos. Suas mãos passeavam pelo meu abdômen, ela soava frio.

Raquel olhou nos meus olhos e sorriu envergonhada. Eu desci até ela e lhe dei um selinho antes de retirar sua blusa por inteiro. O lugar era meio apertado, mas dava pra gente fazer uma festa ali. Ela retirou seu cinto e jogou no banco da frente.

Fiquei de joelhos no banco do carro, ela se sentou na minha frente e começou a desabotoar minha calça, olhando nos meus olhos com aquele olhar. Quando ela tirou a minha calça, suspirei, agora faltava pouco. Ela estava cara a cara com o meu pênis ainda por cima da boxer branca. Ela chegou o rosto bem perto dele, o mordeu e o puxou por cima da cueca, eu gemi baixo franzindo as sobrancelhas, olhando em seus olhos. Ela se deitou novamente no banco e desabotoou o próprio shorts.

Nós dois só estávamos de roupas íntimas. Em seguida ela voltou a ficar na minha frente. Raquel começou a massagear meu membro vagarosamente ainda por cima da boxer. Eu fechei os olhos e joguei minha cabeça pra trás, suspirando. Aquilo estava ótimo. Suas mãos delicadas davam apertões nele, me fazendo gemer baixinho. Meu pau doía de tão duro que estava.

Raquel colocou os dedos no elástico da boxer e começou a abaixá-la devagar, me fazendo gritar interiormente. Aos poucos ela foi liberando meu membro pulsante, que agora estava apontando pra cima. Raquel envolveu suas mãos nele e começou com leves movimentos de masturbação.
Quando fechei meus olhos, senti sua boca encostar na cabeça do meu pênis. Ela começou chupando a cabecinha, me arrancando gemidos sofridos. Suas mãos seguravam a minha base quando ela foi colocando o que conseguia na boca. Minhas mãos envolveram seus cabelos cumpridos, improvisando um rabo de cavalo para não interrompê-la.

-Arg Raquel! Isso... - Gemi seu nome.

Aquilo estava tão bom que eu chegava a ficar tonto, tive que apoiar minhas mãos no banco do carro.  Ela massageava minha cintura enquanto me chupava. Involuntariamente, comecei a mexer meu quadril como se estivesse fodendo a boca dela. Aquela sensação era maravilhosa. Até que ela chupou tudo. Eu estava sentindo o orgasmo chegar, mas eu não queria ainda. A puxei pra cima lhe dando um selinho e logo em seguida a deitei novamente no banco.

-Minha vez de brincar... - A fitei com um sorriso travesso.

Ela se levantou um pouco, colando seu corpo no meu, eu passei as mãos pelas suas costas e desabotoei seu sutiã, liberando seus seios. Eu os fitei maravilhado, meus lábios percorreram seu pescoço até eles. Comecei dando leves beijos, ela me fitava rindo baixinho. Meus lábios deslizaram até seus mamilos, e então comecei a chupa-los devagar enquanto massageava seu outro seio vagarosamente. Depois subi até ela e distribui beijos pelo seu rosto e por fim sua boca.

Desci minha mão direita até a barra de sua calcinha e antes que ela estivesse pronta deslizei minha mão pra dentro.Ela gemeu ainda com os lábios nos meus. Quando comecei a massagear seu clitóris com certa força, ela deu um pulo do banco do carro e suas mãos apertaram meu pulso devido ao prazer. Aumentei a velocidade e ela começou a gemer manhosa com as mãos apertando meu punho de leve, eu ri baixinho. Adorava ver o meu poder sobre ela. Parei quando ela gemeu meu nome, caindo cansada no banco do carro. Subi em cima dela novamente, apoiando minhas mãos no banco. Trouxe o mesmo dedo que a estimulou e chupei na frente dela. Ela ruborizou. Eu ri.

Fui descendo beijos pelo seu corpo até chegar na barra de sua calcinha. Olhei em seus olhos. Ela estava vendo cada movimento que eu fazia. Passei os dedos pelo elástico de sua calcinha novamente e comecei a desliza-la pra baixo, retirando-a finalmente de seu corpo e jogando no banco da frente. Abri bem suas pernas e quando ela percebeu o que eu ia fazer, sua tensão aumentou.

-Relaxa, bebê. Isso vai ser ótimo pra você. - Falei antes de lambê-la. Raquel tapou a boca com as mãos abafando um grito. Ela jogou a cabeça pra trás. Eu a observava. Chupei seu clitóris fortemente. Ela gemeu meu nome alto. Lambi sua entrada e penetrei a língua, Raquel gritava. Com o polegar massageava seu clitóris. Era ótimo proporcioná-la prazer. Quando senti que ela ia gozar, parei.

Ela me olhava com expectativa quando voltei a ficar por cima. Ela estava ofegante. Raquel abriu as pernas e eu fiquei entre elas. Dei um beijo em sua testa. Estávamos pingando de suor. Ela passou as mãos pelos meus cabelos molhados. Nos olhávamos com ternura. Ela acariciou meu rosto com carinho. Meus olhos ficavam atordoados com tanta beleza. Seus olhos estavam em minha boca e suas mãos acariciando meu cabelo e minha nuca. Eu a puxei para um beijo.

-Eu te amo... - Sussurrou no meu ouvido. - Sempre te amei.

- Eu te amo mais... -Ela sorriu.

Ela abriu mais as pernas pra mim. Minha cabeça desceu para a curva do seu pescoço, dando leves beijinhos. Ela fechou os olhos e começou a acariciar meus cabelos. Assim eu comecei a penetra-la. Suspirei. Ela gemeu baixinho. Eu penetrava devagar, queria senti-la.

-Hmm Chris, esqueci o quanto você era grande... - Pensou alto. Eu ri. Ela riu ruborizando.

-Você acha é? - Perguntei a olhando travesso.

-Não era pra você ter escutado.

-Mas eu sempre lembrei do quanto você é apertadinha. - ela riu baixinho me dando um selinho.

Raquel me abraçou, colando nossos corpos, estávamos fazer amor. Comecei a penetrar mais fundo dentro dela. Ela gemia de olhos fechados. Era maravilhoso observa-la. E então aumentei mais a velocidade, ela suspirava com as sobrancelhas franzidas de prazer.

-Ah, Christian... - Gemeu meu nome de olhos fechados. Logo consegui senti-la arranhando minhas costas, mas ela tentava não fazer com muito força. Ela começou a beijar o meu pescoço e liberar chupões por ali. Raquel estava me marcando e eu adorava ser marcado por ela.


      Ficamos a noite toda fazendo aquele carro balançar. Ela foi, é, e sempre será a melhor.

Acordamos bem cedo no dia seguinte, ela estava dormindo de roupas íntimas no banco de trás e eu estava sem camisa dormindo sentado no banco da frente. Eram 08:00 da manhã e ainda estávamos no estacionamento. Eu fiquei observando-a até ela acordar. Nos vestimos completamente e eu peguei meu lugar no volante. Ela ainda dormiu mais um pouco no banco de trás. Aquela sim era a Raquel que eu conhecia. Preguiçosa.


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Finalmente Raquel e Christian pararam de fazer Doce e voltaram! ALELUIAAA! Bom, o que vocês acharam desse capítulo? Espero que tenham gostado. Beijoooo até a próxima, cambadinha.

Desculpe qualquer erro de digitação ;)

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Don't Break My Heart - Capítulo 29

/Raquel on

(Ouça Stay - Miley Cyrus)

-Quem vai ser o primeiro corajoso a apresentar o trabalho de redação?


       Desafiou a professora.

     
      Uma semana se passou completando um mês. Ainda estamos separados. Ainda não superei, mas estou conseguindo aceitar.

      Nesse fim de semana eu fui pra balada com a Jasmine. Foi muito divertido. Nós dançamos, bebemos, e paqueramos uns carinhas. Nada mais do que beijos. Consegui esquece-lo por uma noite. Pelo menos uma noite.

     
Hoje já é sexta-feira. Christian tem se aproximado até demais de Ashley. Quando surgiram boatos de que eles tinham voltado, me peguei soltando lágrimas no vestiário feminino. Foi aí que eu percebi o quanto ele realmente significa pra mim, e o quando seria difícil ficar sem ele. Mas como minha avó sempre dizia: "Tudo passa."

-Eu quero ler.

Falei levantando a mão quando percebi que ninguém ia se candidatar.  A professora pediu para que eu me levantasse e em alguns passos eu já estava na frente da classe. Ashley estava cochichando algo com Azalea. Normani havia faltado.

-O nome do meu poema é: 10 coisas que eu odeio em você.

-Continue querida. - Disse a professora.

Ajeitei meu caderno e lendo, comecei a falar devagar:

-Eu... odeio quando não está por perto,
Odeio quando esquece de me ligar...
Eu odeio quando precisa ir,
Odeio ter que te esperar...
Odeio quando está certo,
Odeio por você suspirar, e agora odeio Payphone cantar. - Eu sorri de lado soltando um suspiro.

Respirei fundo. Todos da classe me olhavam atentamente. Até mesmo ele.

-Eu odeio... odeio quando me faz rir.
Odeio ainda mais quando me faz chorar... - Meu queixo tremeu e minha voz embargou.

As lágrimas começavam a invadir os meus olhos. Mordi os lábios, tentando me conter. Mas não dava mais, minha voz estava totalmente embargada. Um vazio começou a tomar o meu interior. Eu sentia meu mundo desabar. Mas não queria transparecer, eu não suportava que me vissem chorar, sempre preferi sofrer sozinha,

Em silêncio.

Todos os nossos momentos bons e ruins começaram a passar pela minha mente e até pra respirar ficava difícil.

Uma - maldita - lágrima desceu dos meus olhos. E logo com ela, outras desceram junto. Comecei a ficar agitada e nervosa. Uma mistura de sentimentos começaram a surgir. Mas eu continuei tentando me manter firme, só faltava mais um verso para o final. E aí meu sofrimento ia acabar.

Ou não.

- Mas a coisa que eu mais odeio, a que me deixa mais revoltada mesmo. É o fato de não conseguir te odiar... - Meus olhos ardiam pela força que eu tentava segurar as lágrimas. E eu que me julgava forte, estava desmoronando na frente de uma classe inteira. - Nem por um segundo, nem por te odiar. Nem mesmo um pouquinho. Nada.



Eu terminei e saí da sala em passos rápidos. Todos olharam na minha direção enquanto eu atravessava a porta. Todos com certeza perceberam para quem aquele poema havia sido escrito.


(...)


/Christian on


       Raquel saiu da sala chorando. Eu nunca tinha a visto assim, tão vulnerável. Nem Ashley teve coragem de rir dela. Raquel sempre foi forte, e eu realmente não esperava isso. Engoli em seco sua palavras. De alguns dias pra cá ela tem estado muito calada e com o hábito meio cansado. É um pouco agoniante estudar na mesma classe que ela pois fica complicado evitar o contato. Ela sempre me ignora. Eu tentava falar com ela, ela sempre me virava as costas e ia embora, me evitava. Essa sua atitude me dava nos nervos. Era horrível vê-la assim, pois eu nunca deixei de ama-la.

Nunca.

      De uns tempos pra cá Ashley tem se aproximado de mim, falando comigo como se fossemos amigos de longa data. Bem, eu a conheço desde pequeno, mas a gente apenas transava, diversão. Apenas. Nada importante. Mas ela vem querendo conversar, ainda mais quando suas amiguinhas faltam. Aí sim ela decide passar o dia inteiro comigo. Eu consigo perceber o quanto Raquel fica incomodada. Eu a peguei xingando em português quando Ashley me abraçou e me deu um beijo no canto da boca, despedindo-se.

      Meus sonhos eróticos estão começando a me deixar maluco, só estão me fazendo sentir mais falta dela. Eu a quero cada vez mais, mas o meu orgulho não permite isso. Ela mentiu e ainda por cima me traiu. E sempre que eu penso nisso, fico irado.



/Justin on


      É ótimo ter a Raquel. É ótimo toca-la, e ótimo senti-la, mesmo não sendo por completo. Mas está sendo difícil pra mim vê-la sofrer pelo cara que ama, e esse cara infelizmente não sou eu. Ela passa nos corredores com aquela pose de muro impermeável mas eu já a vi chorando pelos cantos algumas vezes.

É horrível vê-la assim. Ela está mal e é tudo minha culpa. Minha vontade de tê-la foi maior do que qualquer coisa e agora estou arrependido. Raquel e Christian se amam apesar de tudo.

Eu a amo apesar de tudo.

Mas não posso deixar que isso continue. Acabei com a minha amizade de anos e - indiretamente - estou partindo o coração da garota mais maravilhosa que já conheci. Isso não é nem um pouco justo, nem com Christian e nem com a Raquel. Eu vou colocar um ponto final nisso, e vai ser hoje. Eu não quero ser o responsável pela infelicidade das pessoas que mais tem importância pra mim. Mesmo sendo doloroso, tenho que fazer isso. Tenho que fazer o certo.

Mesmo que pra mim pareça errado.


/Raquel On


      Hoje seriam formados os grupos de dança. Eu estava ansiosa, queria muito saber com quem ficaria. Estamos na quadra de futebol do colégio, hoje a aula seria privada e outra vez com todas as turmas. Ou seja, como são cerca de 100 meninas em toda a escola, a quadra estava lotada. A professora estava na arquibancada com um megafone para todas poderem escutar.

-Ansiosas, moças? - Perguntou a senhora Consuello.

-Muito. - Disseram algumas, mas não em coro.

-Então vamos lá. Venha até aqui... hm... qual é o seu nome? - Apontou para uma garota atrás de mim. Uma de cabelos vermelhos, idênticos ao nome:

-Rubí. Meu nome é Rubí.

-Venha até aqui, gostei do seu cabelo. - Todas riram. Mas não zombando, sim porque o jeito que a professora falou foi engraçado.

-Ok. - Falou tímida subindo na arquibancada e ficando ao lado da professora.

-Bom, vai funcionar assim: Vou sortear 10 meninas para cada grupo. Assim ficaram 10 grupos de dança, se alguma sobrar é só vir falar comigo. Rubí, querida. - A chamou. - Tire o primeiro nome por favor.

Rubí colocou sua mão dentro de uma sacola vermelha e tirou de lá um papel pequeno amarelo.

-Cecília. Segundo ano. - Falou a professora no megafone após Rubí lhe falar o nome. A garota de longos cabelos negros subiu na arquibancada e tirou um papel.

-Amanda. Primeiro ano. - Disse a professora, e logo em seguida um menina de profundos olhos verdes subiu. E assim as chamadas foram subindo na arquibancada. Cada uma falando o nome da outra. E assim o primeiro grupo se formou.


 Por fim, eu fiquei num grupo ótimo: Mariah, Alexandra, Abigail, Giselle, Megan, Laila, Larissa, Andrea e Liz, nossas música serão: Everybody Knows do Dustin Tavella.
                                                         I Knew You Were Trouble - Taylor Swift.
Tô animada para ver o resultado!

Depois tivemos aula normal de educação física e por fim fomos pra casa.

Eu estava no meu quarto, com o notebook no colo, escutando Sweet Dreams da Beyoncé quando meu telefone tocou.



/Christian On
      

      Depois da escola, eu vi a Rock sozinha e pensei em ir falar com ela, mas achei melhor não. Eu não estava muito a fim de levar um fora hoje. Fui pra casa dirigindo o carro da Caitlin, foi um milagre ela ter deixado pois ela morre de ciúmes daquela lata-velha.

     
Hoje a minha mãe estava esvaziando o porão, estava cheio de tralha e ela resolveu limpá-lo.
Eu e Chaz estávamos na garagem conversando.

-Arg! - Minha mãe estava vindo devagar na nossa direção com uma caixa enorme nas mãos.

-Quer ajuda, senhora Beadles? - Perguntou Chaz.

-Sim, por favor. - Falou com dificuldade. Se ele perguntou, eu achei que ele fosse ajudá-la.

-Vai ajudar a sua mãe, idiota! - Chaz falou me dando um tapa forte na cabeça.

-Ai, cacete! - Falei. Minha mãe me olhou feio, odeia quando falo palavrão perto dela.

Peguei a caixa de suas mãos e a coloquei no capô do carro do meu pai.

-O que é isso mãe?

-Tralhas do porão. Vou jogar tudo no lixo hoje mesmo.

Eu e Chaz fomos para a sala e jogamos um pouco de videogame, tudo me lembrava ela. Rock ama videogame. Ficamos lá por horas. Depois de um tempo, Chaz foi pra casa e aí fiquei sozinho.

Eu fiquei deitado no meu jardim olhando pras estrelas, o fim da tarde estava lindo. Com certeza Rock estava vendo isso, ela adora observar o céu, principalmente à noite.

-Christian. - Alguém me chamou. Eu me levantei rapidamente. Eu tinha reconhecido aquela voz, mas não via essa pessoa há muito tempo. O indivíduo começou a seu aproximar. Quando vi que era...

Justin!

-O que você está fazendo aqui? - Falei autoritário
.
-Nada aconteceu. - Falou alto e rápido.

-O que? Do que está falando?

-Eu e a Raquel! Não aconteceu nada entre a gente! Eu menti.

-O quê? - Falei baixo.

-Eu menti, seu idiota! Não nos beijamos! Ela nunca seria capaz de te trair, sabe por quê? Porque ela te ama, seu babaca! Mas você foi cego demais pra ver isso, e agora ela chora pelos cantos por sua causa, você sabia disso? Eu me apaixonei por ela, mas cansei de vê-la sofrendo por um cara que nem acreditou na palavra dela. Ela nunca mentiu pra você. Ela é louca por você. Você e mais ninguém.

Eu estava tentando assimilar aquelas palavras que ecoavam na minha mente. Parecia que eu tinha levado um choque. Foi tudo muito rápido.

-Eu... eu... - Eu não conseguia dizer nada.

-Você vai ficar parado aí? Você realmente não a merece. Pare de se lamentar e vai atrás dela, imbecil! - Justin virou as costas e foi embora dali.

Eu estava sem reação, tudo o que eu queria fazer era enchê-la de beijos.


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Eu sei que eu demorei pra caralho, mas é que eu tava sem Pc. Vou postar com mais frequência no começo do mês que vem pq minhas provas já vão ter acabado! Beijoooos! ;)

domingo, 1 de setembro de 2013

Don't Break My Heart - Capítulo 28

/Raquel On


      Justin nem demorou muito naquele banheiro, quando voltou - de mãos lavadas - retomamos a conversa. Falamos sobre muitas coisas, descobrimos que temos muito em comum. Por exemplo: Ele também é Walker (The Walking Dead). Ele disse que quando Christian descobriu a suposta "traição", foi a pé até a mansão para tirar satisfações, o que acabou em porrada.

Estamos deitados na cama, olhando pro teto e conversando, meio que nos conhecendo melhor.

-Melhor lugar pra onde viajou com seu pai a trabalho?

-Nada pessoal, mas foi o Brasil! Lugar lindo. - Justin respondeu. Eu ri.

-É verdade, meu país é show. - Ele riu.

-Convencida.

-Sua vez. - Falei me ajeitando na cama.

-Hm... Deixa eu pensar... Um país pra onde ainda não viajou?

-Acho que... Bangladesh.

-Há! Já fui! - Nós rimos. - Acho que ganhei!

-Ei! Babaca, mas quem é que estava contando? - Dei um tapa de leve em seu braço.

-Eu que não. Mas você nunca foi em Bangladesh, eu já fui com o Jeremy! Perdeu, gatinha!

-Nem vem com essa de gatinha pra cima de mim! Você roubou!

-Eu roubei?? Duvido!

-Mas é claro que roubou! É mais velho!

-Apenas dois anos!

-Muita diferença!

-Não pra mim!

Quando percebemos, estavamos um de frente por outro, discutindo. Aonde será que eu já vi isso antes?

Nós rimos.

-Para qual país seu pai vai viajar agora? - Perguntei me deitando novamente. Tentando quebrar o gelo.

-Viajará para Ottawa, capital. Nem vai sair do país desta vez. - Falou cruzando os braços abaixo na cabeça.

-Meu pai também está a caminho de Ottawa.

-Até porque eles vão juntos... - Falamos em coro. Logo em seguida rimos juntos outra vez.

-Temos muito em comum... - Disse terminando de rir.

-Bastante. - Falei sem pensar.

Um silêncio ressendeu naquele imenso quarto, ele parecia pensativo. O mundo parecia ter dado um "stop" pra ele, na verdade. Seus olhos cor-de-mel brilhavam à luz incandescente que iluminava cada canto de seu quarto grande e roxeado. Deduzi que aquela fosse sua cor favorita.

-Você... ainda sente falta dele? - Falou de súbito. Seus olhos fitavam o teto branco, o que quebrava o fato de todas as paredes serem em roxo e detalhadas em lilás. Sua expressão era séria e seus lábios avermelhados exitaram em perguntar. Senti meu rosto ruborizar, eu sabia que Justin gostava de mim e por isso me senti desconfortável em falar sobre esse assunto com ele.

-Sim. - Disse baixo, cobrindo meu rosto com as mãos. Meus olhos haviam se enxido d'água - E muito... - Minha voz havia se embargado.

-Desculpa, desculpa, desculpa, não chora! Por favor não chora, Rock... - Senti suas mãos retirando as minhas delicadamente do meu rosto. Eu deveria estar parecendo um pimentão. - Não era pra você ficar assim. Eu sinto muito mesmo.

-A culpa não foi sua. - Falei respirando fundo.

-Mas é claro que foi. Eu nunca deveria ter tentado te beijar. Eu sou um idiota, um verdadeiro babaca. Você me perdoa?

-Mas é claro que perdoo, Bieber. O Christian que foi cego demais pra acreditar na minha palavra...

Ficamos em silêncio por um momento.

-Justin, é melhor eu ir...

O clima já estava pesado, achava melhor eu ir embora. Eu já estava me levantando, quando ele segurou meu braço.

-Não! Fica... Não precisa ir embora. Fica aqui... comigo.

Eu fitei seus olhos. Pensei duas vezes, na verdade acho que umas dez. Mas no final, pensei que seria legal ficar aqui mais um pouco.

-Tudo bem. Você venceu.

Sequei o resto das lágrimas que ainda estavam presentes no meu rosto e voltei a me sentar ao seu lado.

-Então... Por que gosta tanto da Inglaterra? Eu soube que os nativos são extremamente educados e não gostam de ter muita relação com as pessoas. O que viu lá? Só o nome já faz parecer uma chatice.

-Longa história...

-Temos tempo!

-Ok então... eu estudei por cerca de um ano num colégio interno e... - ele me interrompeu.

-Piorou! - Falou me zoando.

-Nada disso! Eu fui expulsa de lá! - Ele deu uma alta gargalhada.

-Nossa Senhora hein Raquel! Eu sabia que você não era fácil, mas a ponto de ser expulsa de um colégio interno? Caramba! - Riu alto. - Mas enfim... Me conta melhor isso aí.

-Bom... Lá era mesmo tudo muito chato e monótono. Quando eu cheguei na Inglaterra achei um saco. Mas depois, conheci pessoas que me mostraram o lado bom daquilo alí. Eu estudava num colégio de freiras e a madre Ruth era a pior de todas elas. Quando batia oito horas na noite, todas tinham que se recolher. Às dez eu era a primeira a pular o muro com mais nove meninas. Nós íamos a vários tipos de baladas e raves. Era super divertido. Eu só chegava de manhã, nem tinha tempo pra dormir. Eu fui expulsa no dia em que eu não voltei. Acordei no meio do nada com a maquiagem toda borrada, descabelada. Todos já tinham ido embora, já eram umas 16:00 da tarde e ninguém ainda tinha me encontrado. Eu estava muito mal, tinha bebido todas e acho que colocaram algo na minha bebida. Eu dei perda total. Meu pai ficou sem falar comigo direito por um tempão. Minha mãe não deve saber disso até hoje. Na verdade ela não pode nem falar nada. Bebia pra caramba. Depois da expulsão, eu fui pra um colégio normal e nunca mais bebi. Acredita que eu tinha acabado de fazer 14 nos na época? - Justin ficou boquiaberto.

- Que rebeldia hein Raquel!

-Pois é... - Nós rimos.

-Meu primeiro porre foi aos 15 anos. E olha que eu sou homem!

-Não me julgue. O primeiro porre da minha mãe foi aos 12. Então pronto. - Seu queixo caiu completamente. - Minha mãe tinha dezessete anos quando me teve. Ela se casou muito jovem. Meu pai tinha 24 anos. Você deve estar chamando-a de vadia mentalmente. - Rimos brevemente.

-Sua mãe é bem jovem não é?

-Sim, apesar dela dizer que ainda tem 28. - Justin gargalhou. - Na verdade ela deve ter uns 30 e alguma coisa.

-Hm... saquei.

-E então... quer falar sobre mais o que?


      Justin e eu ficamos conversando até tarde. Ele não queria que eu fosse sozinha pois faltava pouco para meia noite. Quando chegamos na porta da minha casa,- ainda no carro - acabamos nos beijando outra vez e eu fui parar no colo dele novamente. Tenho que admitir que Justin é extremamente sexy e beija muito bem mesmo, ele me deixa em chamas. Justin é o tipo de garoto que toda garota quer namorar.



Menos eu.

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                                                           +8 Comentários

Gente, desculpa mesmo a demora, meu pc tava todo bugado. Minha mãe me deu um novo e agora vou podar postar com mais frequência ;) Bom, ta pequeno mas era só pra vocês não ficarem sem nada, ok??    #IAmBackMas enfim... Divulguem a Fanfic! Beijo.