sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Don't Break My Heart - Capítulo 10


/Rock on

      São 18:00 em ponto.

      Depois da escola fui comer no Starbucks com o pessoal. Quando voltei, tomei banho e dormi a tarde inteira. Acordei às 17:00 e fiquei assistindo Grey's Anatomy na televisão até agora. Ás vezes me pego pensando naquele babaca. William ficou escutando os meus desabafos e choros na época em que eu estava de “recém-coração partido” e agora que eu estava terminando de colar os pedaços do meu coração, o infeliz do meu professor de biologia me coloca pra fazer trabalho com o Beadles!


      Sintonizei num canal de música e me vesti ao som de Nelly Furtado. Coloquei uma blusa de manga longa vermelho-sangue, um shorts preto e um all star vermelho. Joguei o cabelo pro lado e coloquei umas pulseiras de tachinha. Peguei minha mochila, meu celular e fui para a cozinha jantar sozinha. Escovei os dentes e saí com aquela bota quente e horrorosa as minhas lindas muletas malditas.


(...)


      O caminho inteiro pensei em dar meia-volta e ir pra casa. As ruas até a casa dele não são muito movimentadas. Há algumas casas lindas de frente pra rua. Pensei um pouco, andei mais alguns passos e fitei os degraus delas. Sentei neles pra aliviar o pé: “Voltar ou não voltar?” Pensei. Abri a bota mas não a tirei e refleti comigo mesma: “Mostre que não sente mais nada por ele, vá até lá e prove, prove a si mesma que não gosta mais dele!”.

Fechei a bota e me levantei decidida a fazer isso.

      
       Caminhei mais um pouco e virei a esquina. Caminhei mais um pouquinho e cheguei até a casa dele, finalmente! Se eu dissesse que não sinto meu coração batendo mais rápido, estaria mentindo.

Caminhei vagarosamente até a porta. Cheguei lá às 19:10, pouco atrasada. Apertei a campainha e escutei uma garota gritar: “EU ATENDO MÃE!” Quando abriu, pude ver quem era.

Era a namorada do Marcos, a Caitlin.

Quando me viu, abriu um belo sorriso e disse:

-Oi bonitinha, o que faz aqui? - Sorri fraco pra não ser grosseira pois ela parece ser uma pessoa bem legal.

-Eu vim fazer um trabalho de biologia com o seu irmão! Lembra?

-Ah é mesmo! Então não fique aí fora, pode entrar! Ele já vem! - Abriu mais a porta e eu entrei.


(...)


     Eu e o Beadles estamos fazendo o trabalho na sala de estar, estamos quase terminando, finalmente! Eu tentava fazer com que o diálogo fosse o meus breve possível. Os olhares constantes dele às vezes se cruzavam com o meu e isso me deixava irritada, mas prometi que não ficaria violenta.

Nesse momento Caitlin está no quarto dela. Acabou que os pais fizeram as pazes e saíram para um “jantar romântico” e aqui estamos, terminando a porcaria do trabalho de biologia!


(...)


Já são 20:30 e acabamos de terminar o dever. Estar aqui sozinha com ele está sendo sufocante.

-Acabamos finalmente! Aonde fica o banheiro? - Perguntei num ar despreocupado.


/Flash Back ON :

(...) 
Coloquei meu shorts e decidi ir ao banheiro, não gosto de ficar andando por aí só de biquíni. Tive que ir perguntar a Ashley onde era, ela simplesmente disse que era no segundo andar na última porta à esquerda, e assim eu fui. 

Entrei pelos fundos da casa que eram bem mais perto. Subi as escadas e segui por onde ela tinha dito.

O corredor era escuro e enorme, a única claridade que vinha era da janela no fim do lado direito do corredor e a claridade vinda lá de baixo. Fui caminhando tranquilamente.


Quando cheguei na última porta, tive a cena mais traumatizante pra uma pessoa como eu. Não era o banheiro, era um quarto cheio de Bonecos Chuck e pessoas fantasiadas. (...)


-Suba as escadas até o final, o banheiro fica ao lado de um quarto com uma placa na porta escrito “LOL” . Não é difícil de encontrar. 

Me levantei e caminhei com aquela bota irritante e chata até a escada, de repente escuto o Beadles falar:

- Cuidado para não cair!

-Não sou criança. – Voltei a atenção para a escada e fui subindo devagar, a porta fica perto da escada e o banheiro logo ao lado.

Entrei e tranquei a porta, abaixei a tampa da privada e me sentei nela. Fechei os olhos, respirei fundo e apoiei a cabeça nas mãos tentando manter a calma.

Percebi que não sou tão forte quanto pensava... ele ainda mexe comigo. Me levantei, olhei meu reflexo no espelho e pensei: “Como pôde deixar que as sete chaves do seu coração fossem abertas com um olhar e um sorriso?! BURRA!”

Me acalmei e respirei fundo. Andei até a porta e girei a maçaneta.

Ao sair, senti um puxão e entrei com tudo no quarto ao lado com a placa escrita “LOL” , estava escuro e escutei a porta ser fechada:

-Raquel, por favor. Você tem que me escutar. - Meu sangue galou ao reconhecer a voz, mas me mantive firme.

-Tá maluco garoto, perdeu a noção?! - Disse num tom alto e irritado.

-Tenta entender que eu gosto muito mesmo de você e te quero de volta! No começo era apenas uma brincadeira entre mim e Justin, mas agora é real! - Eu não o enxergava, só o escutava há mais ou menos um metro de distância.
-Christian, você já ganhou os seus 80 dólares, mostrou que você é macho o bastante pra brincar com a novata brasileira com sotaque britânico. Não precisa mais atuar, chega! - Falei como se não ligasse mais pra ele, não fiz escândalo e nem mostrei fraqueza - Vive a sua vidinha e eu vivo a minha ok? Eu já te esqueci então trate de me esquecer também! Me deixa em paz!

 Não sabia que conseguia mentir tão bem assim. Ouvi dois passos e senti Christian mais perto, comecei a sentir minhas mãos soando frio.

-Eu sei que você não me esqueceu. - Ele disse com aquela voz sexy e chegando cada vez mais perto de mim. Eu já conseguia sentir sua respiração se cruzar com a minha. – Volta pra mim, Rock! Acredita em mim e para com isso!

-Nem tente negar o que sente pois eu sei o que se passa aí dentro, sei que eu errei e por isso estou aqui, na sua frente te pedindo perdão. - Ele me pegou carinhosamente pela cintura colando nossos corpos, eu não encontrava forças para me soltar dele. Ele conseguia me envolver de uma forma inacreditável.

-Christian para, por favor... - Minha voz saiu falha ao sentir o cheiro dele, fechei os olhos e passei a ponta do nariz em seu pescoço involuntariamente.

-Não paro não... - Sussurrou no meu ouvido. De repente sinto mordiscar a minha orelha de leve me fazendo arrepiar.

-Ah então você se arrepia quando eu te toco assim? - disse se vangloriando - E assim?

Ele passou a mão pela minha nuca e entrelaçou seus dedos em meu cabelo. Deslizou beijos de boca aberta pelo meu pescoço, e assim me encostando na parede. Meus hormônios já estavam a mil. Ele fazia caminhos de beijos me fazendo arrepiar e arfar, eu fechava os olhos constantemente e minhas as forças tinham se ido.

Minha mão esquerda estava no peito dele por cima da camisa com a intenção de afastá-lo, mas eu não conseguia e passei as unhas de leve. Sem comando nenhum, minha mão direita foi para seu cabelo e assim os puxando e acariciando-o. O mesmo pressionou nossos corpos contra a parede, ele começou a subir os beijos para o meu rosto e me deu um selinho no canto da boca pressionando seu corpo contra o meu cada vez mais. Até que o senti puxar e morder levemente o meu lábio inferior o soltando bem devagarzinho. Seus lábios tocaram os meus e começaram a se movimentar juntos, aquilo estava me deixando muito excitada e se eu não fizesse alguma coisa perderia o controle!

Não posso deixá-lo brincar comigo outra vez! Descobri que ainda não o esqueci, mas estou disposta a arrancá-lo de mim tão brutalmente que ele nunca mais vai conseguir voltar.

Juntei todas as minhas forças e o empurrei. Saí em disparada em direção a porta, abri e corri com dificuldade por causa da PORRA da bota ortopédica. Desci as escadas correndo o máximo que conseguia, tropecei mas me segurei forte no corre-mão e não caí. Seria o cúmulo cair de novo em outra escada! Logo o escutei me chamar enquanto descia as escadas.

-Rock!

Fingi que nem ouvi. Peguei minha mochila e o senti segurar meu braço , me virei com os olhos marejados ao encontro dos dele

-Eu preciso que você acredite em mim! - Uma lágrima caiu dos meus olhos - Oh não, não chora por favor! Detesto te ver chorar, linda! - Ele ia falar mais alguma coisa, mas eu o interrompi:

-O problema Christian, é que eu não confio mais em você! Você me usou e brincou com os meus sentimentos. Você tem razão eu não te esqueci, mas alguma hora vou ter que te esquecer! Mais cedo ou mais tarde, eu vou lutar com todas as minhas forças pra que seja o mais cedo possível. Eu não consigo acreditar em você! - Puxei meu braço com força, me soltando dele. Pensei ter visto uma lágrima cair de seus olhos, mas não tive certeza, minha visão estava embaçada. Peguei minha mochila, meu celular e bati a porta com força.


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